No passado dia 18 de Maio, fomos (nós os dois, o Neemias e a Liliana) preparar a mise en place para um evento que se ia realizar no dia seguinte, no Quartel de Tavira para cerca de 200 pessoas.
Apesar de ser a nossa primeira colaboração em algo do género, fora da escola, tudo parecia ser fácil e dentro dos nossos conhecimentos, contudo, uma série de factores externos e alheios à nossa vontade transformaram a nossa odisseia num verdadeiro inferno, cerca das 10:30h fomos contactados pelos nossos colegas (Ana e Dário) a avisar-nos do dilúvio que se abatia sobre Faro, os nossos carros estavam inundados e nós, a 30 Km de distância, sem nada podermos fazer. Começámos as cortar carne (era tanta quantidade que parecia um matadouro) mais rapidamente (o corte era em cubos, após a mesma ser limpa) e os vegetais também.
Sentíamos as facas a raspar nas unhas devido à falta de concentração e à pressa para nos virmos embora. Soubemos que a casa de um de nós (Luís) também tinha ficado inundada.
Enquanto isto, os nossos outros colegas, menos preocupados, apreciavam a vida de um quartel.
De repente, o dilúvio alcança também Tavira, da nossa bancada víamos janelas aos quadrados (como se de uma prisão se tratasse) e através delas, relâmpagos sem fim.
Os cortes tornaram-se ainda mais rápidos. A carne e os legumes iam chegando e os cortes já se tornavam assustadores.
Por fim, acabámos e retomámos à escola onde chegámos por volta das 18:00h.
A chuva tinha parado e, durante uma semana, tivemos de voltar à normalidade. Felizmente o motor dos nossos carros não foi atingido e a casa foi arranjada.
Durante este tempo sonhávamos que ficávamos sem dedos ao cortar algo (curiosamente sonhámos os dois o mesmo), e agora o sono foi recuperado mas também a experiência de trabalhar rápido e com pressão.
Luís e Soraia
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